A crise do Banco Master, cuja liquidação extrajudicial foi decretada, ganhou um novo e explosivo capítulo com a revelação de um contrato milionário firmado com o escritório de advocacia Barci de Moraes, pertencente à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Documentos obtidos por veículos de imprensa, como o jornal O Globo, indicam que o acordo previa o pagamento de até R$ 129 milhões (R$ 3,6 milhões mensais por 36 meses, iniciado em 2024) para que o escritório representasse os interesses do banco “onde fosse necessário”. Mensagens internas apontam que os repasses à estrutura ligada à família Moraes teriam sido priorizados e mantidos, mesmo em meio à instabilidade que culminou no rombo bilionário da instituição.
O contrato, que já vinha sendo pago regularmente antes do colapso do Master, emerge em um momento delicado, no qual a instituição é alvo de investigações do Ministério Público Federal por indícios de fraude, gestão temerária e manipulação de lastros financeiros, incluindo a suposta fabricação de carteiras falsas de crédito.
O caso reforça o debate sobre o conflito de interesses e a ética nas relações entre o alto escalão do Judiciário e o setor privado, especialmente quando o banco contratante se encontra sob escrutínio ou possui ações judiciais de grande relevância.
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