Movimento acontece após pedido do PT ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apreensão do passaporte do parlamentar.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que se licenciará temporariamente do mandato sem remuneração. O parlamentar justificou a decisão afirmando que continuará representando seus eleitores de outra forma.
“Assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação. Eu abdico temporariamente dele para seguir bem representando esses milhões de irmãos de Pátria”, declarou Eduardo.
Além do cargo na Câmara, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro exerce a função de secretário nacional de Relações Internacionais do PL. Seu nome vinha sendo cogitado para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
No entanto, a possibilidade de sua indicação gerou embates internos no Congresso, especialmente com parlamentares da base governista, que contestaram sua nomeação. O impasse fez com que o PL endurecesse o discurso, afirmando que não abriria mão do cargo na comissão.
O movimento ocorre em meio a um pedido do PT ao Supremo Tribunal Federal (STF) para apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro, sob a acusação de suposto “atentado à soberania nacional”.
Para adversários, caso assumisse a Comissão de Relações Exteriores, o parlamentar poderia usar o espaço como plataforma para críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe e outras investigações em curso.
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