
Pele, mente e manteiga: Quando o humor se reflete na aparência
Na última edição do José Pergunta, o jornalista José Augusto Carvalho entrevistou a dermatologista Walquíria Tupinambá, que trouxe uma abordagem inusitada e bem-humorada sobre a relação íntima entre a saúde da pele e a saúde mental.
Do calor que “derrete” a pele à “manteiga na geladeira”
Walquíria não poupou comparações quando explicou o que acontece com nossa pele ao trocar ambientes. Segundo ela, mudar do clima frio para o quente – como sair de Manaus e ir para o Sul ou Sudeste – é como tirar a manteiga da geladeira. Em ambientes mais frios, o sebo, que ela compara a uma manteiga dura, vai “saindo aos poucos”, garantindo uma hidratação natural. Já no calor, esse mesmo sebo fica “líquido” e se espalha, fazendo a maquiagem “derreter” e o cabelo ficar oleoso. Uma metáfora que, além de divertida, revela como fatores externos podem impactar nossa aparência.
A ligação embriológica que vai além da estética
Mas o papo não parou nas mudanças climáticas. A especialista ressaltou que a conexão entre a saúde da pele e a saúde mental tem raízes profundas – literalmente. Durante o desenvolvimento embrionário, a pele e o cérebro se originam do mesmo folheto. Essa relação explica, segundo Walquíria, porque o estresse, a ansiedade e outras questões mentais podem desencadear problemas como psoríase, acne e outras condições dermatológicas. Ou seja, estar bem de vida não é apenas uma questão estética: é também um reflexo do equilíbrio mental.
Dicas de cuidados e toques de humor
Além de desvendar os mistérios da pele “derretida”, a dermatologista ofereceu dicas práticas para manter a saúde cutânea e, consequentemente, o bem-estar mental. Entre as recomendações estão cuidados básicos, como usar o sabonete correto – e evitar “adutizações” precoces, como crianças entrando em lojas de departamento para comprar produtos de skin care. Afinal, segundo ela, “quando se olha no espelho e se acha bonito, a mente também fica melhor!”
Walquíria ainda fez questão de lembrar que, apesar dos efeitos do clima, hábitos como uma boa alimentação, proteção solar e sono de qualidade são fundamentais para preservar não só a juventude da pele, mas também a harmonia do nosso estado mental.
Humor e ciência de mãos dadas
Com um estilo descontraído, a entrevistada conseguiu misturar ciência e humor ao abordar temas que afetam nosso dia a dia. Entre metáforas gastronômicas e analogias com “manteiga derretida”, ficou claro que a beleza exterior pode ser um espelho da nossa saúde interior.
Na interseção entre cuidados estéticos e bem-estar mental, a mensagem é clara: investir na saúde da pele pode, de certa forma, ser um investimento na saúde do cérebro. E, como bem pontuou a doutora, a autoestima resultante de uma aparência bem cuidada pode ser o primeiro passo para uma vida mais feliz.
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