
‘Repetiria? Não. Me arrependo? Também não’, diz Plínio sobre Marina
No plenário do Senado Federal, nesta quarta-feira (19), o senador Plínio Valério (PSDB) disse que não se arrepende da declaração sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Repetiria? Não. Me arrependo? Também não”, afirmou o parlamentar.
A fala polêmica de Plínio Valério ocorreu durante um evento no Amazonas, quando disse: “Imagina o que é tolerar a Marina por seis horas sem enforcá-la”. A fala fazia referência à participação da ministra na CPI das ONGs, em novembro de 2023.
A ministra reagiu durante o programa “Bom Dia, Ministra”, classificando a declaração do senador como própria de “um psicopata”.
Por causa da repercussão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez uma reprimenda pública a Plínio Valério, pedindo que ele avaliasse a sua própria fala que, mesmo dita em tom de brincadeira, foi inoportuna.
“Estamos vivendo um momento tão difícil que uma fala de um senador da República, mesmo de brincadeira, agride o que nós estamos querendo para o Brasil”, destacou Alcolumbre.
“Não concordo com muitas posições ideológicas da ministra em relação ao país, mas acho que o meu querido colega, senador Plínio Valério, precisa fazer uma referência em relação a essa fala, até mesmo justificar se foi uma fala equivocada”, completou o presidente do Senado.
Contexto
Ainda em plenário, Plínio Valério rebateu Alcolumbre, dizendo que faria um contexto histórico da sua fala
“Eu ouvi, com tristeza, o senhor (David Alcolumbre) falar sobre o episódio, sem ouvir o meu lado”, afirmou o senador amazonense. “Na Covid, morreram milhares. Até hoje, nós contamos nossos mortos, porque não pôde chegar oxigênio pela BR-319”.
“A ministra Marina esteve na CPI das Ongs. Foram seis horas que eu a tratei com educação. Ela provocou, e eu não entrei nisso. Com toda educação, por ser mulher, por ser ministra, por ser negra, por ser frágil. Foi tratada com toda delicadeza”.
“Lá pelas tantas, ela disse em alto e bom som. ‘Não vou liberar uma estrada “só pra passear”’. Mesmo assim, foi tratada com toda decência”.
“Um ano se passou, e eu fui receber uma medalha e, em tom de brincadeira, disse: ‘oh, imagine vocês, ficar seis horas e dez minutos com a Marina, sem ter vontade de enforcá-la’. Todo mundo riu. Eu ri. Brinquei. Foi brincadeira. Se você perguntar: você se arrepende? Não. Você faria de novo? Não”.
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